quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Supemo Tribunal Federal garante pensão a viúvo gay



Ministro Celso de Mello: pensão deve ir para companheiro e não para filha
O Supremo Tribunal Federal, órgão máximo da Justiça no Brasil, manteve a pensão deixada para um homem a seu companheiro — os dois viviam em união gay estável. O órgão negou o pedido da filha do homem morto, que alegava que a Constituição Federal não reconhece a união homoafetiva para efeitos de concessão de benefício previdenciário e que, portanto, a pensão lhe caberia. 

O ministro Celso de Mello lembrou da decisão do próprio Plenário do Supremo em julgamento da união estável homossexual, de maio deste ano. Nos dois casos, a mais alta Corte do País estendeu o conceito de família também a casais do mesmo sexo que vivem em união estável. Todos os outros ministros presentes na sessão confirmaram o voto de Celso de Mello.
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Autor de Insensato Coração faz falanço da novela e defende núcleo gay

Saldo positivo
O autor Ricardo Linhares, que divide com Gilberto Braga os textos de Insensato Coração, fez um balanço do núcleo gay da novela a dois capítulos de seu fim. Para ele, a temática foi abordada de forma bem natural e positiva.

"Nunca uma novela apresentou tantos personagens gays sem caricatura. Não fiz cenas mais ousadas, que pudessem causar desconforto no espectador. E em momento algum houve exaltação da homossexualidade. Pela primeira vez existiu uma abordagem natural da temática gay. Nossa proposta foi combater o preconceito, a discriminação e a homofobia. Se tivesse tido espaço, gostaria de ter acrescentado um casal de lésbicas", revelou o autor para coluna "TV e Lazer", do "Extra".O último capítulo da trama, que vai ao ar nesta sexta-feira, deve contar com a festa pelo registro de união estável do casal Hugo (Marcos Damigo) e Edurado (Rodrigo Andrade). A festa será no quioque e contará com boa parte do elenco da trama.
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sábado, 6 de agosto de 2011

Cinema: Onde Está a Felicidade?

O cinema nonsense com pitadas gays do espanhol Pedro Almodóvar é a inspiração declarada do novo filme de Bruna Lombardi, “Onde Está a Felicidade?”, que estreia nos cinemas no dia 19 de agosto. Bruna dá vida a Theodora, uma chef de cozinha e apresentadora de televisão que decide percorrer o caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, depois de se ver em crise no casamento de 11 anos.

Uma das maiores paixões dela é cozinhar para os amigos, inclusive um deles é vivido por Luiz Miranda, que incorpora um gay fervido que não poupa sua animação com os homens nem enquanto come. Ele quer sempre “muitos homens” e garante o bom astral da conversa logo no começo do filme.

Com roteiro de Bruna e direção de Carlos Alberto Ricceli, “Onde Está a Felicidade?” abusa de tiradas cômicas ao contar a jornada de Theodora, que vai acompanhada ainda de seu diretor, Zeca (Marcelo Airoldi), e de Milena (Marta Larralde), sobrinha de sua maquiadora no Brasil, Aura (Maria Pujalte). As atrizes espanholas garantem uma mistura de sotaques hilária no longa produzido em parceria com a Espanha.

No caminho de Santiago, Theodora vai descobrindo que não é tão fácil assim se espiritualizar e algumas paradas são necessárias. Em uma delas o trio de peregrinos chega a um tipo de hospedaria, comandada pelo delicioso Axon (Luis Zahera), que protagoniza ao lado de Zeca uma cena de banheirão que coloca em xeque a heterossexualidade de um enquanto prova a do outro.

Enquanto caminha e pensa na crise de seu casamento com Nando (Bruno Garcia), Theodora vai vivendo situações de humor quase histérico – sempre com figurinos almodovarianos com muito vermelho, estampas, floridos e muitas mais cores quentes. Nando supera o medo de avião e vai encontrar a esposa, mas nem tudo se resolve com uma caminhada, mesmo que tão espiritual.
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Deputado Jean Wyllys envia carta a Kassab para que ele diga não ao Dia do Orgulho Hétero


O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) decalrou estar "afrontado" com a aprovação pela Câmara dos veradores do Dia do Orgulho Hétero na cidade de São Paulo.

A assessoria do deputado disse que Jean tentou, sem êxito, em diferentes momentos desta quinta-feira (4), conversar com o prefeito Gilberto Kassab para expor seu posicionamento sobre a medida. Em sua opinião, o projeto "trata com escárnio uma luta que é histórica e justa do movimento LGBT". “Não podemos tratar como minoria um grupo que não sofre dos mesmos preconceitos por ser heterossexual e que goza de direitos fundamentais que são negados a nós, homossexuais”, diz Wyllys. “A criação de um dia do orgulho gay, do orgulho negro ou do dia da mulher tem um propósito legítimo, que é o de destruir um discurso de preconceito. Criar um dia do orgulho heterossexual, do orgulho branco é debochar de uma luta justa e legítima”, nas palavras do deputado.

Para Jean, o discurso de que o Dia do Orgulho Heterossexual – que, se sancionado, será comemorado todo terceiro domingo do mês de dezembro – “conscientizará e estimulará a população a resguardar a moral e os bons costumes da família” é também um discurso difamador e ofensivo, que exclui as famílias monoparentais e as famílias de casais homoafetivos.

Uma nota oficial com o posicionamento do deputado será encaminhada para a prefeitura de São Paulo
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Jean Wyllys diz que Dia do Orgulho hétero ofende população LGBT
Jean Wyllys diz que Dia do Orgulho hétero ofende população LGBT   













 

Kassab acha que Dia do Orgulho Hétero não é homofobia e dá pistas de que vai sancioná-lo

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, comentou pela primeira vez o projeto de lei aprovado na Câmara para a criação do Dia do Orgulho Hétero. Ele deverá sancionar ou não o projeto em até quinze dias mas, pelas declarações que fez, é mais provável que sancione a medida. "É um projeto como outro qualquer", afirmou Kassab. A ABGLT pediu para que ele não assinasse o projeto. "A abordagem inicial é que é um dia como qualquer dia. Tem dia do médico, dia do professor...", disse Kassab.

"Talvez não se encontre nenhuma ilegalidade e é possível que seja encaminhado para sanção. Em princípio, a Câmara tem todo o direito de estabelecer os dias que ela julgar adequados", afirmou. O projeto está agora sob análise da Assessoria Técnico-Legislativa da Prefeitura.

No mundoSites internacionais como o da Forbes e da Newsday destacaram a criação do "Straight Pride Day" e o assuntoacabou sendo um dos mais comentados do Twitter em todo o mundo. "A gestão, qualquer seja ela, tem de ser a gestão do diálogo. A cidade é de 11 milhões de pessoas", finalizou Kassab.

É, pelo jeito o prefeito vai sancionar a tal medida.
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