
A servidora Márcia Gadelha, do Setor de Cerimonial da Câmara Municipal  de João Pessoa (CMJP), é a coordenadora do mais novo grupo do ‘Movimento  de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais’ (LGBT) sediado  em João Pessoa: o E-Jampa, que vem com a prerrogativa de buscar a  viabilização dos jovens homossexuais ao mercado de trabalho. Ela  divulgou que a principal meta do grupo é a criação na cidade de João  Pessoa da ‘Escola Jovem LGBT’.
O projeto baseia-se na ‘Escola Jovem LGBT’ de Campinas, no interior de  São Paulo. Essa iniciativa pioneira no Brasil oferece formação  artística, cênica e gráfica para alunos entre 12 e 29 anos. Os cursos  são abertos a gays, lésbicas, bissexuais, travestis, transexuais,  transgêneros e heterossexuais.
A proposta da escola é dar espaço à expressão dos jovens, valorizando e  difundindo a cultura LGBT. Dessa maneira, pretende contribuir para o  combate a homofobia e para promoção ao respeito à diversidade sexual,  atualmente sendo dirigida pelo jornalista e educador Deco Ribeiro.
“De acordo com os princípios da Escola, pretende-se mostrar à sociedade  que é possível haver diversidade na sexualidade”, tentando combater o  preconceito, uma das estratégias da escola é oferecer ferramentas para  que os jovens possam se expressar. “Muitas vezes, o jovem homossexual é  reprimido pela sociedade machista e homofóbica”. Por esse motivo, o  projeto investirá na formação voltada à cultura e à comunicação. E desde  março, iniciaram as aulas dos cursos de dança, de criação de fanzine e  de WebTV.
Outra estratégia é difundir a produção dos alunos em outras cidades do  estado de São Paulo e também do Brasil. Espetáculos de dança, revistas e  outros produtos servirão para dar visibilidade à cultura LGBT.
A formação política dos alunos também faz parte do programa da ‘Escola  Jovem LGBT’. Não haverá um módulo específico sobre direitos  homossexuais, mas o tema está incluso de modo transversal nos cursos. “A  pesquisa para um espetáculo de dança pode envolver formação política”,  exemplifica o diretor da escola.
Em João Pessoa, Márcia Gadelha lembra que os cursos são abertos a todos.  “Não queremos criar guetos, nem um mundo feito por gay, mas um mundo em  que todos se respeitem, livre de preconceitos”.
O grupo E-Jampa, parceiro da ‘Organização Nacional E-Jovem de  Adolescentes Gays, Lésbicas e Aliados’, que atua em diversas cidades  brasileiras, tem os seguintes preceitos: dar visibilidade e criar  projetos de resgate à cidadania e prevenção contra as doenças  sexualmente transmissíveis (DST) e Aids a adolescentes e jovens gays,  lésbicas, bissexuais travestis e transexuais, que são denominados pela  organização ‘E-jovens’; promover a digna inserção dos e-jovens nos  âmbitos familiares, escolar e de trabalho, fazendo valer o que está  escrito na Constituição Federal e no ECA; promover uma maior integração  entre esses e-jovens e adolescentes e jovens heterossexuais.
PB Agoracom assessoria da CMJP