Marta Suplicy enviou na manhã desta sexta-feira mensagem com posição sobre a polêmica da suspensão do kit anti-homofobia pela presidente Dilma.
A senadora, que tem sido uma das lideranças na luta pelos direitos lgbt no Congresso Nacional, defende a posição oficial do governo do partido do qual faz parte.
Mas a impressão é que de está pisando em ovos e que, no fundo no fundo, é favorável ao kit. Leia e opine.
A senadora, que tem sido uma das lideranças na luta pelos direitos lgbt no Congresso Nacional, defende a posição oficial do governo do partido do qual faz parte.
Mas a impressão é que de está pisando em ovos e que, no fundo no fundo, é favorável ao kit. Leia e opine.
"A preocupação com a quebra do preconceito, que é o maior incitador à violência, é fundamental em uma sociedade. Um dos instrumentos para tal fim é o debate, a informação e o respeito ao outro.
É prerrogativa das famílias transmitir aos filhos valores e crenças. É responsabilidade do governo fornecer informação sobre sexualidade a crianças e adolescentes, assim como combater qualquer tipo de preconceito. O local para isso é a escola.
Por vezes, a sociedade civil e os meios de comunicação assumem também esse papel. Foi o caso da TV Mulher, que tive a honra de participar nos anos 80. No executivo, primeiro na gestão de Luiza Erundina, ao lado de Paulo Freire, e depois como prefeita, realizamos esse trabalho em São Paulo.
O compromisso do Governo Dilma no combate ao preconceito é firme. Como bem disse a presidenta na tarde de hoje, o governo tem posição contra as práticas homofóbicas. É da responsabilidade do MEC construir instrumentos adequados e aprovados pela maioria da sociedade civil que visem à informação e proteção de nossas crianças e adolescentes.
Na questão da sexualidade, a delicadeza no trato, o respeito às idades e o conteúdo adequado são imprescindíveis, assim como a formação dos professores que desempenharão a tarefa. O cuidado da presidenta com a adequação do kit anti-homofobia é compreensível e a ousadia do MEC em apresentar o material corresponde aos anseios de professores e escolas que desejam mais conhecimento para exercer seu trabalho de educação.
A busca da palavra e da imagem adequadas na confecção do conteúdo educativo pode ser levada para um debate mais amplo, como quer a presidenta. Temos, porém, que ter em mente que a sociedade já avançou no que se refere à informação sexual e o retrocesso não levará a um mundo melhor. De qualquer maneira, a própria discussão incitada pelo kit já está fazendo a sociedade ser obrigada a fazer uma reflexão que dificilmente ocorreria."
É prerrogativa das famílias transmitir aos filhos valores e crenças. É responsabilidade do governo fornecer informação sobre sexualidade a crianças e adolescentes, assim como combater qualquer tipo de preconceito. O local para isso é a escola.
Por vezes, a sociedade civil e os meios de comunicação assumem também esse papel. Foi o caso da TV Mulher, que tive a honra de participar nos anos 80. No executivo, primeiro na gestão de Luiza Erundina, ao lado de Paulo Freire, e depois como prefeita, realizamos esse trabalho em São Paulo.
O compromisso do Governo Dilma no combate ao preconceito é firme. Como bem disse a presidenta na tarde de hoje, o governo tem posição contra as práticas homofóbicas. É da responsabilidade do MEC construir instrumentos adequados e aprovados pela maioria da sociedade civil que visem à informação e proteção de nossas crianças e adolescentes.
Na questão da sexualidade, a delicadeza no trato, o respeito às idades e o conteúdo adequado são imprescindíveis, assim como a formação dos professores que desempenharão a tarefa. O cuidado da presidenta com a adequação do kit anti-homofobia é compreensível e a ousadia do MEC em apresentar o material corresponde aos anseios de professores e escolas que desejam mais conhecimento para exercer seu trabalho de educação.
A busca da palavra e da imagem adequadas na confecção do conteúdo educativo pode ser levada para um debate mais amplo, como quer a presidenta. Temos, porém, que ter em mente que a sociedade já avançou no que se refere à informação sexual e o retrocesso não levará a um mundo melhor. De qualquer maneira, a própria discussão incitada pelo kit já está fazendo a sociedade ser obrigada a fazer uma reflexão que dificilmente ocorreria."
MIX
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