quarta-feira, 6 de julho de 2011

Em discurso no Senado, Magno Malta dá pistas sobre novo projeto de lei que será criado para penalizar homofobia



Senador Magno Malta é uma das lideranças evangélicas e vai contrinuir para novo texto que petende criminalizar crimes de intolerância
Na quinta-feira da semana passada, 30, o senador Magno Malta comentou em discurso na tribuna do Senado sobre a nova articulação que vai criar o texto do projeto de lei que quando aprovado penalizará crimes homofóbicos e outros crimes de intolerância (racial, religiosa etc). Esse novo texto deverá ser criado em conjunto por vários senadores, representantes da Frente Evangélica, da Frente da Família, da Frente LGBT e de membros da ABGLT. O Projeto de Lei terá relatoria de Marta Suplicy.

O discurso de Magno Malta foi dirigido à senadora Marta Syuplicy e é bastante esclarecedor sobre os rumos desta nova proposta que começa a ser discutida agora.

Leia na íntegra.

"Registro, ainda, com muita alegria, um almoço no meu gabinete _aliás, almoçar no gabinete é uma pratica que tenho_ com o Senador Pinheiro, a Senadora Marta Suplicy, que preside esta sessão, o Deputado Gilmar Machado, a Deputada Benedita da Silva, a Deputada Lauriete e com a minha presença para discutirmos um novo texto que trate das questões de discriminação, intolerância, homofobia no Brasil, contemplando com respeito todos os cidadãos do Brasil.

Senadora Marta, registro esse fato ao Brasil como um grande avanço. Foi uma reunião respeitosa, com nossos espíritos desarmados, em favor dos que sofrem intolerância no Brasil, dos que sofrem desrespeito no Brasil.

Esta Casa guarda _e talvez o You Tube_ os registros de oito anos de todos os meus discursos, de todas as vezes que falei nesta Casa sobre esse assunto. Sempre versei que o homofóbico tem que pagar pela sua homofobia. Não é normal que alguém deseje matar o outro, jogar embaixo de uma carreta, esganá-lo. Esse é o comportamento de um homofóbico. Mas não é normal que todos sejamos tratados da mesma forma. Por isso, é preciso tipificar esse crime, como dizia o Senador Pinheiro, que acaba de chegar ao seu lado, Srª Presidente, pela intolerância, pelo desrespeito às pessoas, porque há intolerância, de uma maneira generalizada na sociedade, com evangélicos, com católicos...

Na verdade, nós temos que tratar de coisas pequenas. Se você vir um casal hetero se beijando na porta da sua casa, você pode dizer: "mnão quero que vocês se beijem aqui". Eles vão embora, e você não é preso. Mas se você falar isso para um casal homossexual, naquele projeto de lei de Iara Bernardes, você vai para a cadeia. Nós não queremos esse tipo de aberração. Nós faremos um texto enxuto, de consenso, que contemple o respeito a todas as pessoas. É o que eu dizia ao Deputado Jean, na semana passada, quando o encontrei no elevador. Até reportei-me ao tipo de insinuação que ele tem feito e convidei-o a vir ao meu gabinete para discutir serenamente aquilo que discuti, hoje, com a Senadora Marta Suplicy, em uma reunião equilibrada, com pessoas equilibradas, que querem o bem de todos e têm a verdade no seu discurso e nas suas crenças.

Nós vamos, de fato, produzir um texto que contemple aqueles que são vítimas de intolerância. Acho que quase 100% da sociedade brasileira são vítimas da intolerância, pois em qualquer área da vida há alguma intolerância com um de nós, em algum assunto, em algum momento da história, em algum momento do dia­ e vamos tratar da questão da homofobia.

Por isso, agradeço muito a Senadora Marta ter aceitado o convite para ir ao meu gabinete. V. Exª, por favor, devolva, com um almoço também, o convite para eu ir ao seu gabinete, juntamente com a Frente da Família e com V. Exª, para que tenhamos uma reunião com o mesmo tom e possamos, de fato, entregar ao Brasil um texto e sair dessa história de PL 122...

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