"No início da adolescência, já me sentia atraída por meninas. Aluna de um colégio de freiras, havia crescido ouvindo que o amor entre pessoas do mesmo sexo era algo imperdoável, mas nunca vi a coisa assim. A mim, parecia natural. Aos 14, até tentei namorar um menino. Não funcionou. Um ano depois, quando me apaixonei de verdade por uma garota, resolvi contar a meus pais. Minha mãe repetia: ‘Calma que passa, é uma fase’. A aceitação da ideia é um processo lento, que envolve agressões de todos os lados e decepção. Sei que contrariei o sonho da minha família, de me ver de grinalda e com filhos, mas a melhor coisa que fiz para mim mesma foi ser verdadeira. Por que me sentir uma criminosa por algo que, afinal, diz respeito ao amor?"
Amanda Rodrigues, 18 anos, estudante de artes visuais no Rio de Janeiro
VEJA.com
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