segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Deputados evangélicos e católicos se unem para criar Frente anti-gay informal



Jair Bolsonaro: deputado federal quer barrar o que chama de Kit gay para escolas do ensino médio
Depois da notícia de que o deputado federal Jean Wyllys e a senadora Marta Suplicy estavam fundando a nova Frente Parlamentar LGBT, deputados contrários aos projetos de lei que essa frente defenderá estão se unindo para montar uma Frente anti-gay composta por membros da Frente Parlamentar Evangélica e da Frante da Família, ambas já institucionalizadas. Mas essa nova frente não será formalizada, e deve funcionar de forma informal.

Liderado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), o grupo já tem seu primeiro alvo: é o chamado "Kit Gay" que o Ministério da Educação pretende levar para seis mil escolas do ensino médio que conta com material educacional anti-homofobia e pró-diversidade. Os evangélicos lançaram ma petição chamada “Somos contra o maior escândalo no país, o Kit Gay”. Ele circula entre os outros deputados para impedir a distribuição do material nas escolas.

Presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos (PSDB-GO), disse que vai respeitar as opiniões de Jean Wyllys e da Frente Parlamentar LGBT, mas que vai fazer frente democrática ao que considera anti-constitucional. Para a Frente Evangélica, o material é “considerado ofensivo” e faz “apologia da homossexualidade”.

“Todos tem o direito à livre opção sexual e ao livre exercício dessa opção. O que não pode é confundir essa livre opção com o estímulo à opção sexual, ou seja, o de criar condições mentais, através da educação, de que é normal a homossexualidade,” disse o deputado federal Eduardo Cunha, membro da Frente Evangélica. Para ele, o Kit representa uma “suposta apologia à homossexualidade” por parte do governo.

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