terça-feira, 19 de abril de 2011

Lei Maria da Penha é aplicada em ação de casal gay

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) aplicou a Lei Maria da Penha em uma ação de lesão corporal envolvendo um casal homossexual. A informação foi divulgada pela assessoria do TJ-RJ, nesta terça-feira (19).
Segundo o processo, o juiz Alcides da Fonseca Neto, da 11ª Vara Criminal, concedeu medida protetiva que determina que o ex-companheiro deverá manter uma distância de 250 metros da vítima por tempo indeterminado. Cabe recurso, informou o TJ-RJ.
De acordo com o TJ-RJ, o ex-companheiro está preso, mas já foi expedido um alvará de soltura, sem o pagamento de fiança, que ocorrerá somente mediante à assinatura do réu em um termo de compromisso, no qual ele deverá manter a distância estipulada pelo juiz.
Ainda segundo o TJ-RJ, em três anos de união homoafetiva, a vítima sofreu várias agressões por parte do ex-companheiro. A violência ocorria na casa onde os dois moravam, no Centro do Rio. A última aconteceu no final de março, quando a vítima foi atacada com uma garrafa, causando-lhe diversas lesões no rosto, na perna, lábios e coxa, informou o TJ.
Para o juiz, a medida é necessária, já que tem a finalidade de resguardar a integridade física da vítima.
“Importa finalmente salientar que a presente medida, de natureza cautelar, é concedida com fundamento na Lei 11.340/06, muito embora esta lei seja direcionada para as hipóteses de violência doméstica e familiar contra a mulher. Entretanto, a especial proteção destinada à mulher pode e dever ser estendida ao homem naqueles casos em que ele também é vítima de violência doméstica e familiar", explicou o magistrado.
globo.com

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Amor e Revolução terá cena de Sexo Gay

As atrizes Giselle Tigre e Luciana Vendramini revelaram em entrevista ao portal iG que suas personagens da novela "Amor e Revolução", Marina e Marcela, vão protagonizar uma cena de sexo no folhetim. As informações do portal Gente Babado.

"Nosso diretor disse para nos prepararmos para uma cena quente de sexo", disse Vendramini.

"Eu acho que o horário permite essas cenas", comentou o diretor do folhetim Reynaldo Boury, que já gravou até o capítulo trinta e sete. Não há previsão de quando a cena acontecerá na trama.

Um beijo entre as duas personagens irá ao ar no trigésimo capítulo. "Ela (Marcela) pede um selinho a Marina, que se deixa beijar, mas depois fica confusa, em conflito", conta Giselle Tigre.

"Elas são amigas desde pequenas, e enquanto a Marcela está interessada nela, a Marina é apaixonada por um homem, então ela estranha a situação", explica.

Cabrini fica frente a frente com um grupo que prega o ódio aos homossexuais

No Conexão Repórter desta quarta-feira, 13 de abril, Roberto Cabrini e sua equipe mostram uma denúncia alarmante: o aumento da violência contra homossexuais.

O apresentador fica frente a frente com um grupo que prega o ódio aos homossexuais. São agressões e mortes em série. Só no ano passado, foram mais de 250 assassinatos.

A equipe saiu às ruas para descobrir onde nasce o preconceito, a intolerância, o desrespeito aos que são diferentes dos padrões da sociedade convencional.

O apresentador Leão Lobo fica indignado com as declarações homofóbicas do grupo e reage aos insultos. O programa também entrevistou famílias que enfrentam o preconceito e fazem um relato emocionante de amor e compreensão.

No ano passado, o Conexão Repórter foi vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo com a série de matérias sobre a pedofilia na Igreja Católica.

terça-feira, 12 de abril de 2011

domingo, 10 de abril de 2011

Mudança na lei anti-homofobia abre caminhos para aprovação, reconhece presidente da ABGLT


Toni Reis, presidente da ABGLT, reconhece que alteração pode ser positiva

Nesta semana, a senadora Marta Suplicy – atual relatora do PLC 122, que criminaliza a homofobia no Brasil – alterou o texto do projeto para facilitar a sua aprovação. De acordo com a mudança, a lei não se aplicará a templos religiosos, pregações ou quaisquer outros itens ligados a fé, desde que não incitem a violência. Pela lei, continua proibida a discriminação em rádio, TV, jornal e internet.

Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a alteração na lei é uma concessão válida se for para facilitar a aprovação do projeto e finalmente estabelecer um mecanismo que transforme manifestação contra homossexuais em crime.

“Se os padres e pastores quiserem falar de pecado, eles podem, mas o que não deve ser feito é continuar utilizando a religião para condenar os homossexuais como vêm sendo feito, desencadeando uma onda de preconceito e de violência no país”, destacou Toni, ouvido pelo Mix na tarde desta sexta-feira. Reis ainda disparou críticas contra a utilização dos meios de comunicação, de Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional para condenar os homossexuais. “Desde 1890 vivemos num Estado laico e os políticos não devem ser influenciados por religiões. Crime é desrespeitar o Estado e a Constituição tentando inserir questões doutrinárias dentro da lei. Enquanto isso acontecer, estaremos sujeitos aos Bolsonaros da vida”, criticou.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Superior Tribunal de Justiça adia mais uma vez decisão sobre união gay

Superior Tribunal de Justiça adia mais uma vez decisão sobre união gay 

Pela segunda vez o Superior Tribunal de justiça (STJ) adiou a decisão a respeito do reconhecimento de união homossexual. O processo foi interrompido quinta-feira (07/04), após o ministro Paulo de Tarso Sanseverino pedir vista, ou seja, uma análise do caso com mais profundidade.

O ministro Sidnei Beneti foi o responsável pela primeira adiamento do processo. Em seu voto-vista, não reconheceu a união estável, mas admitiu a sociedade de fato, que gera direitos obrigacionais, como partilha de bens, mas não reconhece como família de fato. É uma espécie de contrato para provar a união do casal.

O ministro alegou que a Constituição só reconhece a união estável entre homem e mulher, também declarou que a Constituição não permite abertura para leituras que incluam casais gays. Beneti destacou decisões semelhantes que ocorreram na Alemanha e em outros países, onde a união estável não foi reconhecida, mas se reconheceu as sociedades de fato.

Não há prazo para que o STJ volte a discutir o tema.

Psicólogo Pedrosa Responde: Tenho 23 anos, sou virgem, sofri bullying e me sinto pecador por ser gay, como lidar com isso?

Psicólogo Pedrosa Responde: Tenho 23 anos, sou virgem, sofri bullying e me sinto pecador por ser gay, como lidar com isso?  
Tenho 23 anos de idade. Não sinto vontade de fazer sexo. Sou virgem e não me masturbo. Gosto de ver sites gays e ver fotos de homem nu, mas fico com remorso depois. Acho que estou pecando. Fui criado numa família evangélica que sempre achou que a pratica do sexo gay era errada. Fui vítima da homofobia na escola e entre os primos com quem convivi quando criança. O bullying na escola foi intenso. Por ter sido uma criança gay efeminada apanhei muito na escola dos coleguinhas e sofri preconceito de alguns professores que ficavam fazendo piadinhas comigo. Tenho depressão e penso em me suicidar. Aos 20 anos de idade comecei a ter TOC de limpeza (transtorno obsessivo-compulsivo). Parei de estudar apesar de ter sido sempre o primeiro da classe e ter passado em todos os concursos que fiz sempre entre os dez primeiros colocados. Não quero trabalhar. Fico pouco tempo nos empregos com medo do que as pessoas vão fazer comigo. Não saio de casa com medo e a minha vida se resume a passar o dia limpando a casa com álcool e ir para igreja. Já fiz tratamento com um psiquiatra que frequenta a minha igreja, mas desisti. Ele era homofóbico. O senhor pode tecer algum comentário sobre o meu depoimento? Joe (Interior do Estado de São Paulo).

O termo bullying é usado para nomear comportamentos que denotem agressões verbais e físicas dirigidas às pessoas que fogem do estereótipo reforçado pelas práticas culturais. São vítimas do bullying: obesos, magros, homossexuais, negros, deficientes físicos, entre outros. O bullying inclui xingamento, apelido de má fé, agressão física, mexerico, crítica persistente e colocar o outro em situação humilhante.

Essa discriminação dirigida às pessoas 'diferentes' sempre existiu nas culturas. Parece que faz parte da natureza humana isolar, humilhar ou mesmo sacrificar os que não se encaixam nas regras estabelecidas pela cultura. Algumas tribos indígenas do Alto Xingu no Brasil praticam o infanticídio sacrificando os bebês que nascem com deficiência física ou que são diferentes, como albinos e gêmeos.

O bullying é uma punição pelo outro ser diferente. É praticado em todos os ambientes. Entre adultos no ambiente competitivo das empresas e em grande escala nas escolas. A prática desse tipo de violência está presente entre crianças e adolescentes de todas as classes sociais. O bullying praticado pelos meninos e rapazes caracteriza-se em punir sua vítima, geralmente, usando a agressão física e o xingamento. Já as meninas e as moças usam outras formas de punições mais sutis: apelidos, isolamento do grupo, comentários sarcásticos, entre outros.

Para estudiosos dos comportamentos, os psicólogos, o bullying pode causar sérios danos ao desenvolvimento emocional da criança, a sua autoestima e interferindo na formação do seu repertório comportamental, fortalecendo comportamentos de fuga e esquiva. Como efeito colateral teremos crianças que não reforçaram comportamentos adequadas de enfrentamento de ambientes, as chamadas crianças tímidas, ansiosas e fechadas. Elas com medo da punição da comunidade ao qual pertence e isolam-se dos contatos sociais.

Sobre você, o que poderei te dizer? Você deve ser um cara maravilhoso, inteligente e merece, como todos nós, ter uma vida digna. Porque sua vida é emocionalmente miserável. Dignidade significa você poder expressar livremente sua orientação sexual e procurar viver sem se preocupar com o que os outros pensam de você, seja você um gay efeminado ou não. Ter um trabalho é importante para você. Você parece ser um cara com um potencial incrível.

Penso que você deve procurar ajuda psiquiatra num primeiro momento para revolver a depressão e o TOC. Uma terapia com um psicólogo poderá ser de grande valia para você. Procure um profissional que não seja ligado aos grupos religiosos homofóbicos. Creio que você sozinho dificilmente conseguirá dar uma guinada na sua vida. Receba meu abraço fraterno.

* João Batista Pedrosa é psicólogo (CRP 06/31768-3) e autor do livro "Segundo Desejo" (Iglu). Envie suas dúvidas e perguntas para pedrosa@syntony.com.br. Acesse também seu site.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Especial "Amor e Revolução": a história da ditadura militar no Brasil

Com o objetivo de retratar de forma inédita a ditadura militar, um dos períodos mais marcantes da história brasileira, "Amor e Revolução" estreia no SBT na noite desta terça-feira (5) logo após o "Programa do Ratinho".

Escrita por Tiago Santiago e dirigida por Reynaldo Boury, o novo folhetim da emissora paulista promete inovar e ao mesmo tempo entregar ao telespectador a receita tradicional que um bom texto deve ter.

A ditadura militar, iniciada com o golpe de 1964, marcará o início da trama, a qual se estenderá até a Guerrilha do Araguaia, movimento guerrilheiro existente na região do Araguaia que se estendeu até 1974. Ao longo desses dez anos, além da retratação da vida dos comunistas, militares e dos ônus sofridos por ambos lados, "Amor e Revolução" também contará com romance, ação, comédia defendidos por um grande elenco.


A apresentação de "Amor e Revolução" foi feita pelo SBT no dia 23 de março no Centro Universitário Maria Antônia, da USP, localizado nas proximidades da Rua da Consolação e do bairro de Higienópolis em São Paulo. O endereço tem grande valor cultural pelo fato de ter sido cenário de uma famosa briga entre os estudantes da USP e do Mackenzie. Os prédios das instituições eram separados apenas por uma rua. Em 1968, a esquerda encontrava espaço na USP, enquanto a direita, dos grupos paramilitares, ia ao encontro dos alunos do Mackenzie. A diferença ideológica entre os dois grupos de alunos ocasionou em uma batalha que resultou na morte de um jovem no dia 3 de outubro de 1968.

História

"Amor e Revolução" é protagonizada por Graziela Schmitt e Cláudio Lins, intérpretes dos papeis de Maria Paixão e José Guerra. Ela será uma guerrilheira líder de movimento estudantil e ele viverá um militar, embora defenda os ideais da democracia. De uma família de militares radicais, José se apaixona por Maria e ambos terão que lutar contra amigos, antigas paixões e principalmente com seus familiares para viverem o amor que sentem de forma recíproca.

O romance de José e Maria, como em toda novela, terá muitas idas e vindas. José terá Mário Luz (Gustavo Haddad) como grande rival. Ele, que é jornalista e autor de teatro, é apaixonado por Maria desde os tempos da adolescência e não admitirá que um militar conquiste a amada. Ao mesmo tempo, Mário viverá uma relação conflituosa com Stela (Joana Limaverde), que o ama e também gosta de João (Paulo Leal).


Paralelo à história de Maria e José, Batistelli (Licurgo Spínola) e Jandira (Lúcia Veríssimo), coprotagonizam a novela. Eles serão perseguidos pela repressão, liderada pelo delegado Aranha (Jayme Periard), Major Flinto (Nico Puig) e General Lobo Guerra (Reinaldo Gonzaga), sendo os dois últimos irmão e pai de José.

Uma parte de "Amor e Revolução" se passa em um teatro, no qual Mário Luz, Chico Duarte (Carlos Thiré), Stela, Nina (Patrícia Dejesus), Miriam (Thais Pacholek) e Beto (Cacá Rosset) trabalham. Embora unidos pela arte e pelos palcos, há desencontros de opiniões devido à ideologias distintas.

Chico, por exemplo, é diretor de teatro e critica de forma veemente a ditadura e a opressão. Ao ser preso, encontra uma forma de fugir. Pacifista, o rapaz nutre uma paixão antiga por Miriam, porém no decorrer dos capítulos se revela bissexual, tendo uma paixão por João e aceita seduzir Fritz (Ernando Tiago) para escapar da tortura. Já Nina é uma bela atriz que se envolve diretamente com o movimento guerrilheiro e que critica os colegas que não o fazem. Participante de assaltos, ela passa a ser alvo dos militares e é perseguida.
 

Já no DOPS, o Departamento de Ordem Política e Social, encontram-se Aranha, Fritz e Jeová (Lui Mendes). Aranha tem uma índole questionável, é corrupto e faz parte do Comando de Caça aos Comunistas e do Esquadrão da Morte. Apesar de toda a maldade que guarda contra os comunistas e estudantes, ele se apaixona por Marta (Dani Moreno) e a agride constantemente.

Os maiores desafetos de Aranha são Marina (Giselle Tigre), uma jornalista que denuncia a sua postura como defensor da lei, e Marcela (Luciana Vendramini), advogada que constantemente investiga os trabalhos de sua delegacia. Já Friz não se difere muito do delegado, tendo a mesma índole, porém com um segredo guardado: ele é homossexual e acaba se apaixonando por Chico. Por fim, Jeová se sobressai e como carcereiro, adota uma postura ética e humana com o auxílio aos presos políticos.

Bastidores

Como diretor geral, Reynaldo Boury promete uma novela que contará a história do Brasil de forma inédita e que irá despertar no telespectador a vontade de acompanhar um tema que nunca havia sido diretamente discutido pela teledramaturgia.

Tiago Santiago, que assina o folhetim, por sua vez, promete quebrar certos dogmas que a história brasileira conta. O autor quer mostrar que houve estudantes que foram para a luta armada e que houve militares que foram contra o golpe. A ideia é mostrar que nem todos os estudantes tinham o ideal democrata e pacifista, assim como nem todos os militares defendiam a tortura, mortes e perseguições: "Eu sei que existe uma preocupação das pessoas da direita em relação à novela. (…) Nós já convidamos muita gente pra falar, pra dar depoimento. Nenhum deles aceitou. Mas ainda estamos tentando conseguir depoimentos", afirmou o autor


Workshop

O SBT realizou no início de janeiro um workshop sobre a ditadura militar para o elenco da novela “Amor e Revolução”.
 

 

Participaram do evento militantes e presos políticos da época, como Hélio Bicudo, Luiz Carlos Prestes Filho, Rose Nogueira, Maria Amélia Almeida Teles, Antônio Carlos Fon, Dilea Frate, Virgílio Egydio, Alípio Freire e Ricardo Zaratini. Além do workshop, os participantes também gravaram depoimentos que serão veiculados ao final de cada capítulo. O workshop foi realizado no estúdio 7 do complexo Anhanguera.

Treinamento militar

Poucos dias após o workshop, a emissora deu aulas sobre como manejar armas e atirar com Sérgio Farjalla Jr., preparador do elenco do filme "Tropa de Elite".

Para as cenas de ação, os atores receberam instruções sobre artes marciais, aulas de expressão corporal e coreografia de luta para a composição de cenas e caracterização de personagens.

Produção

Totalmente gravada em alta definição, "Amor e Revolução" é resultado de um investimento de aproximadamente R$ 250 mil por capítulo, sendo assim uma das produções mais caras da história do SBT. Ambientada em São Paulo e no Rio de Janeiro, a produção, liderada por Reynaldo Boury, utiliza inúmeras locações em SP como pano de fundo da história.

O folhetim conta com o suporte de uma cidade cenográfica, localizada no SBT, um sítio em Santana de Parnaíba, na Grande São Paulo, uma fazenda em Itu, interior paulista, e outros prédios na própria capital São Paulo. Embora a equipe tenha dificuldade para driblar detalhes como carros, postes de iluminação e fachadas modernas, o trabalho está sendo feito sem maiores atrasos, diferente do que ocorreu com "Uma Rosa com Amor", cuja produção foi fortemente afetada pelas chuvas que destruíram parte de sua cidade cenografia.

Tortura
Um dos temas que terá bastante destaque em "Amor e Revolução" será a tortura que pessoas sofreram durante a ditadura militar.
No início de fevereiro, várias dessas cenas vazaram no Youtube, o que chamou muita atenção dos internautas. Na ocasião, a emissora alegou que um dos computadores de edição da novela foi invadido e imagens foram roubadas. Porém, essa história não foi levada adiante.


Tiago Santiago e o diretor Reynaldo Boury
Anote na agenda

"Amor e Revolução" estreia nesta terça (5), a partir das 22h15, no SBT.

SBT: "Amor e Revolução" terá beijo lésbico

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Com estreia agendada para esta noite de terça-feira (05), "Amor e Revolução" pretende quebrar tabus da sociedade.

No folhetim de Tiago Santiago, está previsto um beijo gay entre as personagens de Gisele Tigre e Luciana Vendramini. O autor conseguiu autorização da emissora para que a cena fosse ao ar sem nenhum tipo de censura.

Caso realmente seja exibido, o beijo entre as duas lésbicas do folhetim será o primeiro a ocorrer na dramaturgia brasileira. Em outras novelas cogitava-se que fosse ao ar cena parecida, como no caso de "América", exibida em 2005, porém a alta cúpula das emissoras optava por declinar e engavetar o material gravado.

Aniversário de Cazuza: Poeta, cantor e compositor faria 53 anos hoje

Aniversário de Cazuza: Poeta, cantor e compositor faria 53 anos hoje


Há 53 anos nascia no Rio de Janeiro um dos mais importantes ícones da MPB e do rock brasileiro: Agenor Miranda de Araújo Neto, o Cazuza, morto aos 32 anos em 7 de julho de 1990, vítima do HIV.

Sobre Cazuza, praticamente tudo já se falou, ouviu, viu, leu e assistiu. Mas um artista como ele sempre merece novas homenagens. Portanto, nesta data em que o ariano completaria 53 anos, vale ressaltar alguns momentos marcantes que provam todo o talento, espontaneidade, irreverência e carisma do inesquecível Cazuza. Confira.

1. Maior Abandonado - No Rock in Rio I, em janeiro de 1985, Barão Vermelho & Cazuza abrem o show com o hit gravado em 1984. Cazuza já chega chegando, berrando e transformando a canção new wave em um petardo roqueiro.

2. Narciso - Na mesma noite, Cazuza brilha interpretando essa música pouco conhecida do repertório do Barão. Vale se divertir vendo a gafe de Cazuza logo no início: ele esquece de entrar com a voz na primeira parte, e o guitarrista Frejat chama Cazuza para avisar o cantor. Provavelmente lesado, Cazuza percebe e enfim começa a cantar.

3. Por Quê Que a Gente é Assim? - Já na fase solo, Cazuza cantou no programa global "Mixto Quente", em 1986. O cantor interpretou canções solo, e outras dos tempos de Barão, como este hino à boemia.

4. Entrevista TV Manchete - Em 1986, Cazuza é entrevistado em seu apartamento, pela extinta emissora. Logo de cara, solta seu deboche. Ao ser perguntado pela repórter: "Cazuza, são cinco horas da tarde, você acordou agora?", ele responde: "Não, acordei às quatro!"

5. Cazuza entrevista Roger Moreira - O cantor começa sendo entrevistado, logo após um show com o Barão Vermelho, no Parque Lage, em 1984. Depois, Cazuza vira o entrevistador e passa a entrevistar o vocalista do Ultraje a Rigor. Detalhe: Cazuza está visivelmente bêbado, e mais irreverente do que nunca, sem perder a inteligência ácida.

6. Amor, Amor / Cazuza & Débora Bloch - Cena extraída do filme "Bete Balanço" (1984), onde Cazuza interpreta o cantor Tininho. Cazuza e Débora Bloch interpretam "Amor, Amor", do repertório do Barão Vermelho, sob o olhar de Lauro Corona (1957-1989). Um trecho emocionante em milhares de sentidos, por motivos óbvios.

7. Jornal Hoje - Leda Nagle entrevista Cazuza em 1988, na edição de sábado do clássico "Jornal Hoje".

8. Cazuza no "Jô Soares Onze e Meia" - O cantor foi ao programa, no SBT, em 1988. Nesta fase, Cazuza já andava bastante abatido pela luta contra o HIV.

9. Cazuza 50 Anos - Especial do canal Globo News, em 2008, nos 50 anos de nascimento do cantor.

10. Luz Negra - Apesar de gravado em 1986, esse clipe de Cazuza - que faz parte do programa "Chico & Caetano", da Globo - pode ser considerado profético, com o cantor se antecipando em 4 anos. Lindo e devastador. Saudades de Cazuza.
A Capa

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Militantes saem esperançosos de encontro com Ministro Ayres Britto sobre união civil gay


O Ministro Ayres Britto, de terno cinza claro, ao lado dos representantes da ABGLT: união civil gay está próxima



Como o Mix adiantou na quarta-feira, o relatório do Ministro Carlos Ayres Britto que pode permitir a união civil gay no Brasil foi concluído e aguarda agenda para ser votado em plenário. O relatório é favorável à permissão da união civil entre homossexuais no Brasil, mas é no Plenário do Supremo que a matéria será decidida de fato.

Campos de ação contra e a favor da união civil gay se movimentam nos bastidores do Supremo. Políticos como a Senadora Marta Suplicy e a Ministra Maria do Rosário já visitaram os Ministros do Supremo para tratar do assunto. Também a CNBB _aliada a outros 16 grupos_ entrou com petição para participar da discussão em plenário (mas essa petição deverá ser votada ainda). Agora foi a vez da ABGLT _a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros_ se reunir com o Ministro Carlos Ayres Britto, relator do projeto. O encontro aconteceu na última segunda-feira, 28, e os nove ativistas presentes saíram bastante confiantes do encontro.

Carlos Ayres disse que sempre o Poder Judiciário esteve à frente, com decisões judiciais favoráveis às pessoas LGBT, no Brasil. “Este encontro demonstra o quanto conseguimos pautar nossas questões. Hoje temos que recorrer à justiça para garantir a nossa cidadania. Acredito que avançaremos mais no judiciário do que no legislativo”, afirmou Toni Reis, presidente da ABGLT, presente no encontro.

O Ministro Carlos Peluzzo, que é presidente do Supremo, deve marcar a data da votação em 15 dias. Mas é certo que muita discussão sobre o assunto vai rolar até o fim deste processo.
MIX

Casal de lésbicas cria primeira clínica de fertilização para homossexuais

Casal lésbico
Um centro de fertilização especial para casais gays abriu suas portas em Birmingham, no Reino Unido, no começo desta semana. A ideia, que tem provocado polêmica entre grupos religiosos, surgiu do casal de lésbicas Natalie Drew, 36, e Ashling Phillips, 32, a partir de suas próprias experiências quando decidiram ter uma família.

Hoje mães de Gianna, 5, e Kai, 2 (Natalie engravidou de Gianna e Ashling, de Kai), elas contaram, em entrevista à CRESCER, que muitas vezes o casal do mesmo sexo que deseja ter um filho não recebe o suporte necessário de que precisa. Além do desgaste emocional, os casais ainda sofreriam prejuízos financeiros, quando são orientados, por exemplo, a fazer um tratamento de fertilidade desnecessário.
Foi o que aconteceu com elas em 2006, quando decidiram ter outro bebê – o Kai. “Fizemos inseminação artificial por quatro meses, enquanto Ash estava ovulando, mas ela não engravidava. Nas consultas com o nosso médico, ele estava mais interessado em testar o doador [queria que ele fizesse contagem de espermatozoides e teste de fertilidade] do que saber por que Ash não estava conseguindo engravidar”, conta Natalie. Alguns exames, aliás, Ashling realizou em uma clínica particular, o que custou cerca de R$ 6.500, sem necessidade. “Ele mesmo poderia tê-los feito, mas não estava disposto porque não estávamos tentando conceber pelo método natural”, diz.
Depois de mais dois meses insistindo com o mesmo doador, Ash engravidou. Foi, então, que Natalie criou um site básico para ajudar outros casais gays. O objetivo foi evitar que o casal passe por constrangimentos, como ter de dar explicações sobre por que estão buscando doadores.“Em 2010, o site passou por uma remodelagem e hoje conta com um banco de dados de 4 mil mulheres no Reino Unido, 600 doadores de esperma e 250 doadores de óvulos.
Este mês, elas inauguraram o Gay Family Web Fertility Centre, que, além de fazer essa ponte entre quem está procurando doadores e os doadores, também oferece consultoria para gays que querem constituir uma família, desde o início das tentativas para ter o bebê até após o nascimento. “Se o cliente precisar de uma clínica para fazer tratamento, temos algumas em que vamos trabalhar em conjunto, para garantir que ele receba o tratamento que ele/ela precisa”, diz Natalie. Apesar das críticas que têm recebido, o apoio da família, amigos e das comunidades gays não tiram a alegria do casal em ajudar na formação de novas famílias.
G1