domingo, 10 de abril de 2011

Mudança na lei anti-homofobia abre caminhos para aprovação, reconhece presidente da ABGLT


Toni Reis, presidente da ABGLT, reconhece que alteração pode ser positiva

Nesta semana, a senadora Marta Suplicy – atual relatora do PLC 122, que criminaliza a homofobia no Brasil – alterou o texto do projeto para facilitar a sua aprovação. De acordo com a mudança, a lei não se aplicará a templos religiosos, pregações ou quaisquer outros itens ligados a fé, desde que não incitem a violência. Pela lei, continua proibida a discriminação em rádio, TV, jornal e internet.

Para Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), a alteração na lei é uma concessão válida se for para facilitar a aprovação do projeto e finalmente estabelecer um mecanismo que transforme manifestação contra homossexuais em crime.

“Se os padres e pastores quiserem falar de pecado, eles podem, mas o que não deve ser feito é continuar utilizando a religião para condenar os homossexuais como vêm sendo feito, desencadeando uma onda de preconceito e de violência no país”, destacou Toni, ouvido pelo Mix na tarde desta sexta-feira. Reis ainda disparou críticas contra a utilização dos meios de comunicação, de Assembleias Legislativas e do Congresso Nacional para condenar os homossexuais. “Desde 1890 vivemos num Estado laico e os políticos não devem ser influenciados por religiões. Crime é desrespeitar o Estado e a Constituição tentando inserir questões doutrinárias dentro da lei. Enquanto isso acontecer, estaremos sujeitos aos Bolsonaros da vida”, criticou.

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